Lá fora…

Vestimos os fatos impermeáveis, calçamos as galochas e vamos sentir a relva molhada e chapinhar nas poças. Somos exploradores!

Descobrimos que molhando as mãos e os pauzinhos na água da chuva podemos fazer desenhos no chão e nas paredes. Somos artistas!

Também sentimos o cheirinho a terra molhada e podemos aproveitar para fazer cozinhas de lama. Somos cozinheiros!

Em breve voltaremos a Ser…MOS, a Sentir…MOS, a Ver…MOS e a Brincar…MOS🍀🌈🙏🏻

“A criança busca por autonomia desde que nasce e é no brincar livre na natureza que ela encontra o cenário ideal para exercer essa pulsão de vida” (Laís Fleury)

“Se damos às crianças tempo e espaço para brincar ao ar livre, vamos descobrindo que se tornam mais organizadas, atentas, criativas e capazes” (Ângela J. Hanscom)

“Após terem estado confinadas durante um longo período, as crianças necessitam de despender muita energia e de brincar muito com os seus pares. E precisam de estar numa escola que traga um novo significado ao seu desenvolvimento. A melhor solução é haver mais aulas ao ar livre em espaços exteriores de recreio e mais contacto com a natureza, de modo a travar o contágio pelo vírus e integrar as crianças no meio escolar. Brincar e ser ativo é uma excelente forma de conquistar imunidade.(…)

Através do brincar livre as crianças têm oportunidade de despertar as forças do inconsciente e de se identificar com a sua realidade interior e o mundo que as rodeia. Brincar e ser ativo é a melhor resposta para a incerteza que vivemos em relação à realidade biológica, social e cultural, corpos ativos implicam que se mexam com intencionalidade e que possa existir um confronto em circunstâncias diversas, o que resulta em maior imunidade, confiança e resiliência. Desta forma daremos um grande contributo para derrotar este vírus.(…)

Os estudos comprovam que o risco de infeção ou propagação de doenças é menor em crianças que ficam mais tempo ao ar livre por comparação com o tempo em que estão encerradas nas salas de aula ventiladas, e que o seu sistema imunitário é beneficiado pela exposição ao ambiente natural.(…)

Nesta pandemia cujo desfecho ainda desconhecemos, e esta ser uma excelente oportunidade para mudar a escola no seu funcionamento, nas suas práticas e na mobilização mais participativa das crianças. O que se fazia nos espaços fechados afinal pode ser realizado no exterior em todas as dimensões dos saberes que as crianças requerem. Teremos pequenos pesquisadores libertos dos espaços fechados e preparados para aprender no meio do espaço natural e ao ar livre, inventando e criando projetos em conjunto para darem seguimento aos seus interesses pessoais e coletivos.” (Carlos Neto).

Educadora de Infância Marta Delgado